Electricity and the heart.

Understanding of cardiac rhythm requires application of physical principles governing electricity. Over a period of more than 100 years, application of the knowledge of electric current led to the gradual evolution of electrocardiogram, pacemaker, defibrillator, and ultimately electrophysiology. The discovery of electrocardiogram (ECG) by Einthoven in 1902 and that of pacing by Zoll in 1952 were two landmarks in this field.

Cardioversor-desfibrilador implantável / Implantable cardioverter defibrillator

O arsenal terapêutico utilizado para o tratamento das arritmias malignas ventriculares recebeu um forte aliado com o desenvolvimento do desfibrilador automático implantável. Esse aparelho, utilizado a partir de 1980, tem sido a única opçäo terapêutica para pacientes portadores de taquicardia ventricular sustentada recorrente, näo passíveis ao tratamento farmacológico dirigido pelo estudo eletrofisiológico e ao tratamento cirúrgico, assim como para sobreviventes de morte súbita cardíaca. A partir do início de sua utilizaçäo, quatro geraçöes de aparelhos foram desenvolvidas, sempre incorporando recursos tecnológicos que a experiência clínica demonstrava ser importantes para o bom funcionamento. As duas primeiras geraçöes caracterizavam-se pela falta de programabilidade e distinguiam-se pelo fato de que a primeira realizava apenas a desfibrilaçäo, enquanto a segunda, após detectar a arritmia, podia realizar inicialmente uma cardioversäo. As duas últimas geraçöes caracterizam-se pela programabilidade ampla, sendo que a quarta geraçäo incorpora recursos para estimulaçäo antibradicárdica e antitaquicárdica de baixa energia. A via de acesso utilizada para o implante dos aparelhos também sofreu grande alteraçäo, passando de implantes totalmente epicárdicos para totalmente endocárdicos. Os resultados demonstram aumento significativo da sobrevida dos pacientes, com ausência de morte súbita cardíaca em cerca de 90 por cento a 97 por cento dos pacientes, após um a cinco anos de seguimento, sendo a insuficiência cardíaca congestiva a principal causa de óbito dos pacientes que, geralmente, têm má funçäo ventricular. Poucas complicaçöes relacionadas ao sistema têm sido encontradas, sendo a mais grave delas os processos infecciosos que aparecem em cerca de 1 por cento dos casos. Por outro lado, problemas psicossociais têm sido frequentemente relatados, principalmente temor dos choques, pensamentos sobre a morte e estados de depressäo. Os recentes avanços tecnológicos incorporados aos desfibriladores tendem a minimizar risco e desconforto para o paciente, pela transformaçäo do aparelho de um desfibrilador automático para um marcapasso antitaquicárdico automático com desfibrilador de reserva.